Há mais de 1300 caças monopostos F-5E e bipostos de treinamento F5-F em serviço em mais de 20 forças aéreas diferentes, sendo que, em muitos casos, são os principais interceptadores de defesa aérea de seu país, mesmo não sendo usado para combate em seu país de origem. USAF e a USN confiam na aeronave apenas para treinamento de combate, mesmo considerando o F5, como um caça a altura de seus melhores pilotos.
O “caça leve” foi projetado originalmente por Welko Gasich em 1953 a 1957, mais teve uma aplicação inicial como treinador supersônico. o N-156 Freedom Fighter, que voou em 1959, foi construido por um consórcio de empresas, pois o governo dos Estados Unidos da América adquiriu mais de 850 unidades para serem vendidas para forças aéreas amigas, fora outros 320 fabricados sob licença, dando base para o lançamento do F5-e Tiger II em 1972. Deste foram vendidas mais de1500 unidades, dando base para o desenvolvimento do F-20 Tigershark.
Os F-5 E brasileiros tornaram-se mundialmente célebres durante a Guerra das Malvinas, quando interceptaram um bombardeiro Vulcan inglês que entrara em nosso espaço aéreo. Executando missões de Interceptação e Ataque ao Solo, o F-5 E é, juntamente com o Mirage 2000, a primeira linha de defesa de nosso espaço aéreo.
A Força Aérea Brasileira definiu que era necessária a modernização de seus aviões F-5E. A Embraer, principal contratada, e a Aeroeletrônica, subsidiária da israelense Elbit, garantem o domínio brasileiro sobre as tecnologias críticas do projeto, isto permitirá a integração de novos softwares e armamentos, além de assegurar o sigilo sobre características vitais do sistema de armas. A solução foi de longe o mais moderno e adequado programa de atualização para o F-5E/F. Ela inclui a última tecnologia disponível, com a capacidade técnica de ambas empresas para desenvolver a solução certa para os cenários operacional e orçamentário da Força Aérea Brasileira.
A operação aérea Cruzex é realizada no Brasil a cada dois anos com a participação de forças aéreas sulamericanas e da França. Nos exercícios de 2002 e 2004, era nítida a distância entre a FAB e a Armée de l’Air. Na CRUZEX 2006, o avanço conseguido pelo F-5M devido as modificações eletrônicas, surpreendeu a própria FAB e todas as forças aéreas convidadas. O avião agora possui seu sistema totalmente digital, e a FAB implantou mísseis BVR Derby de origem israelense. Essas modificações mostraram no exercício militar a nova cara da FAB, ou seja, uma força que finalmente chegou a era digital e que introduz uma série de novos conceitos em operação, embora ainda esteja muito aquém do poderio aeronáutico apresentado por norte-americanos, russos, franceses e ingleses. A integração da aeronave Embraer EMB-145 AEW&C e o “novo” F-5 demonstrou ser letal, igualando ou vencendo o sistema equivalente da Força Aérea Francesa no exercício. O EMB-145 AEW&C possui um poderoso radar instalado, orientando os caças F-5 com seus mísseis.
DESCRIÇÃO TÉCNICA
Código / Nome: F-5 Tiger II
País de Origem: Estados Unidos
Fabricante: Northrop
Tipo: Caça tático
Motor: 2 (Gen. Electric J85-GE- 21 a 5.000 lb de empuxo)
Velocidade Máxima: 2.112 km/h (mach 1.63 a 10.975 m )
Raio de combate: 1.056 km (tanque cheio, 2 mísseis AIM 9-B Phyton e 5 min de combate a 5.000 m)
222 km (tanque cheio, 2359 kg de armamentos, 2 mísseis AIM 9-B Phyton e 5 min de combate ao nível do mar)
Peso Vazio: 4.346 kg
Máx. Decolagem: 11.192 kg
Envergadura: 8,13 m
Comprimento: 14,68 m
Altura: 4,06 m
Armamentos:
2 canhões M39A2 de 20 mm com 280 tiros cada, 2 mísseis Python 3 além de até 3.175 kg de armamentos em 5 pontos “duros”, incluindo bombas, foguetes e mísseis ar-terra
Tripulação: 1 ou 2
Operadores: Brasil, Bahrain, Chile, Etiópia, Indonésia, Irã, Jordânia, Quênia, Coréia do Sul, Malásia, México, Marrocos, Filipinas, Arábia Saudita, Cingapura, Sudão, Suíça, Taiwan, Tailândia, Tunísia, Iêmen do Norte, Estados Unidos
EM ATIVIDADE NA FABv NOS ESQUADRÕES
1º/14º GAv “Pampa”, 1º/4º GAvCA “Pacau”